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A explicação da Polishop sobre a estratégia de fechamento das lojas

João Appolinário, dono da Polishop, reforça objetivo de investir em lojas de rua que deem suporte à operação no e-commerce; rede lidera fechamentos no ano

Por Felipe Mendes Atualizado em 17 out 2023, 16h24 - Publicado em 17 out 2023, 13h22

O comércio varejista vive tempos desafiadores. Segundo um relatório publicado recentemente pelo Bank of America, os shopping centers têm convivido mais com o fechamento de lojas do que com inaugurações. Em agosto, por exemplo, foram 127 encerramentos contra 82 aberturas de unidades. Tanto em relação ao mês quanto ao acumulado no ano, a varejista Polishop, de eletrodomésticos e utensílios para a casa, é quem lidera o índice de “portas fechadas” no setor.

Em entrevista a VEJA, o fundador da rede, o empresário João Appolinário, disse que está mudando o modelo de negócio e que pretende focar em lojas de rua e em franquias, que complementem a capacidade de venda pelo comércio eletrônico da marca.

Em 2023, a Polishop fechou 22 unidades em shoppings – foram nove fechamentos em agosto. Appolinário diz que os complexos comerciais estavam com “movimento abaixo do pré-pandemia” e que, agora, o foco é reforçar a estratégia de delivery a partir dos pontos de venda restantes – desde a guinada no negócio, ainda em 2022, foram mais de 100 unidades encerradas. “A gente decidiu ‘pivotar’ o negócio devido ao aumento da venda no comércio eletrônico. Além disso, vários shoppings ficaram com movimento abaixo do pré-pandemia. Então, estamos fazendo uma readequação”, afirmou Appolinário.

O empresário lembra que a loja nasceu a partir do digital. Fundada em 1999, a companhia surgiu com a venda de produtos pela TV, canais de televenda e, posteriormente, pela internet. Com o sucesso, passou de um programa com espaço na grade de algumas emissoras a ter seu próprio canal de TV. E decidiu investir em lojas para se aproximar da clientela. Chegou a ter mais de 300 unidades e uma receita próxima a 3 bilhões de reais. “Agora, a nossa operação está meio a meio entre as lojas e o digital. A ideia é nós reforçarmos o digital, mas também, em alguns estados, algumas lojas de rua que vamos chamar de ‘loja-pulmão’. Nós queremos ser mais ágeis na entrega do nosso e-commerce e vamos fazer isso a partir dessas unidades”, complementa ele.

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Appolinário diz que o metro quadrado em shoppings está muito caro para ficar “guardando estoque para distribuir para outras lojas ou para os clientes no e-commerce”. Segundo o empresário, que ficou mais conhecido pelo grande público ao apresentar o programa televisivo Shark Tank Brasil, a guinada da empresa se dá, sobretudo, graças a uma maior exigência do consumidor na internet. Acontece, no entanto, que a empresa tem encontrado dificuldades para se manter com a queda das vendas e chegou até a receber algumas ações judiciais de despejo por parte dos complexos – as dívidas acumuladas com os aluguéis seriam de aproximadamente 9 milhões de reais, números não confirmados pela empresa.

Diante do início do ciclo de cortes na taxa de juros, o empresário disse estar esperando uma melhora do varejo neste fim de ano. “É uma cadeia toda que está aguardando essa redução do custo do dinheiro no Brasil, porque, além de os juros ainda estarem muito altos, o spread também é alto. E o varejo é muito impactado por isso. Há uma conexão clara entre juros altos e baixo consumo”, afirma ele. “Com a queda dos juros, baixando o custo do dinheiro, isso deve causar uma mudança no humor tanto para o consumidor quanto para a indústria e o varejo.”

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