A calmaria dos executivos da Netflix com a perda de 1 milhão de assinantes
A companhia já estrutura um modelo de negócios para reverter os danos e expandir o seu domínio
O alerta com o saldo negativo de 1 milhão de assinaturas no segundo trimestre não abalou os executivos da Netflix. Após o anúncio da última segunda-feira, 19, em teleconferência, Reed Hastings e Ted Sarandos, ao lado de outros do alto escalão, demonstraram como a gigante do streaming já se prepara para reverter as últimas perdas e até expandir ainda mais o seu público. O carro-chefe das novidades é a oferta de assinaturas suportadas por anúncios, que segue em negociação para um possível lançamento no início de 2023.
O preço do novo plano ainda não foi anunciado, mas a companhia já confirmou um valor de menor custo em relação aos atuais planos. Além da publicidade, outra diferença significativa será a seleção de conteúdos. Os executivos da Netflix mencionaram que o novo plano não oferecerá todos os conteúdos disponíveis hoje na plataforma. “A vasta maioria do que as pessoas assistem na Netflix podemos incluir no nível suportado por anúncios. Há algumas coisas que não, e estamos conversando com os estúdios. Mas, se lançarmos o produto hoje, os membros da camada de anúncios terão uma ótima experiência”, disse Ted Sarandos, Co-CEO.
Não foram mencionados quais conteúdos poderiam faltar no novo plano. Uma das possibilidades, não confirmada pela companhia, seriam as séries ou filmes de maior interesse do público. Os grandes fenômenos em audiência na plataforma foram lançados nos últimos 12 meses: Squid Game e as novas temporadas de Bridgerton e Stranger Things.
A Microsoft será a parceira da Netflix na sua planejada oferta de assinatura com anúncios, tendo um papel de fornecimento tecnológico para o novo negócio. A proposta é a construção de uma experiência, com publicidade “mais integrada e menos disruptiva” na plataforma, e as negociações com os estúdios de Hollywood estão em andamento para o contrato de conteúdos no plano mais barato.