Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

2020: o brasileiro foi à bolsa

Cerca de 1,5 milhão de novatos ingressaram oficialmente no jogo, quase dobrando a base pré-coronavírus

Por Luisa Purchio Atualizado em 25 mar 2021, 21h48 - Publicado em 24 dez 2020, 06h00

Historicamente, o brasileiro nunca foi um investidor dado a riscos. Ao contrário, preferia manter seu dinheiro em aplicações seguras, como a boa e velha poupança, ou apostar sem sustos em títulos do Tesouro. Os elevados juros das últimas décadas incentivavam esse comportamento conservador. Mas aí veio a pandemia e chacoalhou os pilares conhecidos, devastando os mercados e fazendo a Selic minguar para 2% ao ano — um índice inédito e baixíssimo que acabou por empurrar as pessoas rumo ao ambiente de altos e baixos da bolsa de valores. Os números dimensionam o vigor com que os brasileiros abraçaram o mercado de ações: cerca de 1,5 milhão de novatos ingressaram oficialmente no jogo, quase dobrando a base pré-coronavírus. Atualmente, 3,2 milhões de registros de CPF estão registrados na bolsa. É um fenômeno salutar, dizem os especialistas, sinônimo do amadurecimento do cidadão comum no trato com suas finanças.

Quem se aventurou na bolsa experimentou seus acentuados aclives e declives, uma montanha-russa que no final das contas encerrou o ano com saldo positivo para aqueles que souberam se posicionar em meio à tormenta. E ela se pronunciou sem tréguas em março, quando os infectados pelo vírus começaram a escalar rapidamente o mundo. Os reflexos nos principais índices do mercado americano (o S&P 500 e o Dow Jones) foram inclementes: em aproximadamente um mês, eles despencaram mais de 30%, e arrastaram junto o Ibovespa, que se retraiu mais de 40%. Daí em diante, não houve espaço para calmaria. A cada vez que subiam os casos de contaminados e lockdowns eram instituídos, as ações caíam. Quando se divulgavam progressos na busca da vacina, elas saltavam. Tamanha volatilidade, no passado, seria suficiente para afugentar os brasileiros, mas não é o que se tem visto. Agora que as ações estão em patamares baixos, passaram a ser consideradas boa oportunidade. Em agosto, sete meses após a grande queda, o S&P 500 batia recorde atrás de recorde, o que gerou ânimo ao Ibovespa. E assim, ainda com emoção, veteranos e neófitos na bolsa aterrissam em um 2021 promissor.

Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.