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O que há por trás do impressionante número de farmácias no país

Dois executivos do setor apontam os motivos para a marca de quase 100 mil drogarias

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 15h11 - Publicado em 3 Maio 2024, 12h00

Não é incomum um comércio tradicional de bairro, em grandes cidades pelo país, fechar e, logo em seguida, uma farmácia surgir no mesmo local. O número desse tipo de estabelecimento no Brasil já passa de 90,9 mil, o que representa uma evolução de 9,9% em dois anos segundo informa a marca Close-Up International. Desse total, segundo dados de 2023, 53.469 farmácias pertencem ao varejo independente, responsável por 59% dos pontos de venda. A coluna GENTE ouviu dois diretores de grandes farmácias presentes no Brasil, de operações diferentes, para entender por que este tipo de comércio se tornou um bom negócio.

Bruno Costa, diretor operacional da rede A Fórmula, especializada em remédios de manipulação, aponta dois motivos para o crescimento no seu setor: 1) tratamento personalizado; 2) as pessoas estão vivendo mais e buscam uma vida mais saudável. “As pessoas precisam ter suas doses adequadas ao peso, idade e superfície corporal e a manipulação promove o uso racional dos remédios. Sem contar que muitos medicamentos prescritos na pediatria, por exemplo, possuem lactose e corantes, comumente conhecidos por ocasionar reações adversas. Além disso, os pequenos apresentam dificuldades para deglutir formas farmacêuticas sólidas, como comprimidos e cápsulas, bem como necessitam de formulações mais palatáveis para facilitar a administração. Outro ponto que prova a rentabilidade do negócio é a grande presença de multifranqueados na rede”, diz ele.

A rede faturou cerca de 200 milhões de reais em 2023, o que representou um crescimento de cerca de 33% comparado ao ano de 2022. Neste ano, a meta é crescer 20%. Para ter uma franquia o investimento médio é a partir de R$ 550 mil e o faturamento médio mensal está na casa de 200 mil reais, podendo gerar uma lucratividade média de 20% para o empreendedor (40 mil reais). E o payback médio é de 24 a 36 meses. Segundo panorama da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), organização que representa o setor magistral brasileiro, em 2021, o setor faturou 9,5 bilhões de reais, e teve um crescimento de 10,5%

Gustavo Freitas, presidente do Conselho da Holding da rede de farmácias PoupAqui, voltada ao comércio popular, cita três fatores que influenciam esse crescimento: 1) O medicamento genérico, que deu mais oportunidade aos cidadãos de baixa renda, além de permitir investimento para drogarias e capacitação de pessoas; 2) As farmácias passaram a ser um ponto de saúde, um varejo dedicado à saúde; 3) Os brasileiros estão vivendo mais, algo também anteriormente apontado por Bruno Costa. “A pirâmide de idade está se invertendo. Sempre tivemos mais jovens que idosos no Brasil. A cada 10 anos ganhamos uma população de um pequeno país, com pessoas com mais de 50 anos, que buscam mais qualidade de vida. Um marco quando as pessoas começam a se cuidar mais ou iniciam tratamentos contínuos para pressão arterial, glicemia, entre outros. Essa pessoa passa a ser cliente fiel. Uma pessoa que começa a usar medicamento contínuo aos 50 anos, vai ser paciente por pelo menos 30 anos. O desafio é viver mais e melhor. O mercado de prevenção é muito grande e próspero para o setor”, diz Otaviano.

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A rede PoupAqui tem 81 unidades em operação e 10 em fase de implantação. O faturamento em 2023 foi de 16 milhões de reais, crescendo 14% em relação a 2022. Para este ano, os sócios esperam que a licenciadora fature 30 milhões de reais e alcance 150 unidades. Uma unidade da PoupAqui necessita de investimento a partir de 250 mil reais, com faturamento médio mensal de 160 mil reais.

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