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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O interlocutor

Indicação de Mantega para a Vale pode inaugurar diálogo com o governo Lula

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jan 2024, 19h11

O mercado financeiro torceu o nariz para a provável indicação do ex-ministro Guido Mantega para o Conselho de Administração da Vale. É miopia. Mantega na Vale é uma notícia positiva para os acionistas.

Como conselheiro indicado pela Previ, Mantega terá um raio de ação limitado, mas ele tem o telefone do presidente Lula. Foi ministro da Fazenda, do Planejamento e presidente do BNDES nos primeiros mandatos lulistas. Hoje a relação da Vale com o governo é nula, um flanco para qualquer companhia, mas especialmente para uma mineradora.

Os contatos de Mantega no Planalto podem (frise-se o “podem”) ser fundamentais para o êxito da companhia em três frentes:

• Para os próximos meses, o Ministério dos Transportes pretende rever quatro concessões ferroviárias, incluindo a EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas) e EFC (Estrada de Ferro de Carajás), ambas da Vale. Com base em dados do TCU, o governo estima que a Vale deveria ter pago R$ 20 bilhões a mais pelas renovações contratuais feitas no governo Bolsonaro.

• A Vale hoje é a empresa exemplo no Ministério da Fazenda de companhia que paga pouco imposto, tomando o lugar da Ambev, que no final do ano passado foi enquadrada nas novas regras de JCP pelo mesmo motivo.

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Nos próximos meses haverá uma série de revisões de incentivos tributários na Sudam e Sudene. A Vale e sua subsidiária Salobo Metais receberam R$ 20 bilhões de créditos pelas leis de incentivo regional. Parte desses valores devem ser revistos ainda neste ano.

• Há ainda um estudo do Ministério de Minas e Energia comparando a tributação da Vale com suas rivais australianas BhP e Rio Tinto. A conclusão do estudo é que a mineradora brasileira paga pouco mais da metade de impostos que as australianas.

Estatal até 1997, a Vale hoje é uma companhia sem um único controlador. Os maiores acionistas são a Previ, fundo de previdência do Banco do Brasil, com 8,7% das ações, o grupo japonês Mitsui, com 6,3%, e o fundo americano Blackrock, com 5,83%.

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