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Por Renata Firpo
Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário
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A difícil receita para salvar de forma mais efetiva os centros urbanos

Somente um conjunto de forças pode mudar a realidade de áreas em processo avançado de decadência

Por Renata Firpo
14 nov 2023, 09h00

A Prefeitura de São Paulo anunciou uma nova medida para estimular a revitalização da região central da cidade. Um decreto foi assinado nesse sentido, estipulando uma subvenção de R$1 bilhão, que corresponde a 25% do valor das obras de requalificação, para empreendimentos localizados no perímetro do programa, batizado de Requalifica Centro. A ideia é que a melhoria dos imóveis da região seja capaz de atrair investimentos.

A ação tem como objetivo chamar atenção do setor imobiliário para melhorar as condições dos imóveis, tanto residenciais quanto comerciais, na região central. Os proprietários dos imóveis saem ganhando com essa melhoria, já que a região tem perdido muito seu valor comercial. Para que possam receber esse incentivo da prefeitura, no entanto, eles precisam demonstrar que as intervenções em seus respectivos imóveis vão trazer benefícios para a cidade. Precisam ainda também passar por uma série de critérios estipulados no decreto.

O maior desafio do mercado imobiliário brasileiro talvez seja justamente o da revitalização dos centros das principais capitais do país. Endereços que no passado eram sinônimo de dinheiro, poder e status, hoje viraram retratos de abandono e descaso. Diante desse cenários, morar ou trabalhar nessas regiões representa um grande desafio e, muitas vezes, até mesmo um ato de coragem para quem se aventura.

Infelizmente são poucas as tentativas de mudar essa realidade. Já as ações que saíram do papel costumam fracassar. Nenhum projeto de obra nas regiões centrais das principais capitais seguiu em frente a ponto de fazer uma grande diferença e não existe uma resposta simples da razão disso ter acontecido, pois são vários aspectos que impactam no seu desenvolvimento.Uma transformação efetiva do cenário de decadência precisa de uma série de ações e investimentos por parte do poder público e também das empresas privadas.

Embora não exista ainda um consenso qual ação é mais promissora para mudar essa realidade, o processo de decadência é bastante conhecido — e se repetiu em diferentes metrópoles do país. Com as mudanças dos polos financeiros das cidades que migraram dos centros para endereços mais novos, essas áreas acabaram ficando degradadas, com seus prédios vazios ou tomados pela população de baixa renda.

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Urbanistas brasileiros defendem a revitalização dos centros urbanos como uma das prioridades de governos e prefeituras. A despeito dos desafios a serem enfrentados numa operação do tipo, esses especialistas apontam que algumas características ajudam na mudança, como a oferta de transporte público e a presença de pontos comerciais.

O poder público, uma parte importante e essencial nesse processo de revitalização do centro urbano, falha bastante em sua responsabilidade de fazer manutenção em edifícios históricos e também em zelar pela segurança, que é um dos pontos mais negativos nessas regiões.

Mas não dá para responsabilizar apenas as prefeituras e governos. Sem a iniciativa privada, fica inviável pensar em dar novos ares aos centros urbanos. É importante que as incorporadoras e construtoras desenvolvam projetos que atraiam famílias e empresas para os locais.

A iniciativa recente da Prefeitura de São Paulo tenta estimular esse círculo virtuoso. Tomara que dê certo. Todos vão sair ganhando.

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