Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Real Estate

Por Renata Firpo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário
Continua após publicidade

A alta dos juros pode abalar seriamente o mercado imobiliário?

Taxas de financiamento acima de 10% geraram muitas dúvidas sobre o desempenho do setor em 2023

Por Renata Firpo
4 abr 2023, 08h34

Diante da manutenção da atual taxa de juros em patamares altos pelo BC, começaram a se multiplicar previsões pessimistas a respeito do desempenho do mercado imobiliário neste ano. Elas estão relacionadas diretamente ao impacto dessa política sobre a contratação de financiamentos. Na contramão dessa onda negativa de futurologia, alguns analistas de crédito de grandes bancos já entraram em campo projetando que 2023 pode repetir o bom desempenho dos dois anos anteriores em termos de negócios do setor. Será que isso pode realmente ocorrer?

Sim. E não faltam mesmo bons argumentos para sustentar uma visão um pouco mais otimista, a começar pela constante tendência de valorização do mercado imobiliário. O apartamento financiado hoje valerá mais nos próximos anos e essa valorização compensa o investimento realizado para a compra. Não é raro termos casos de imóveis com 50% ou até  100% de valorização em relação à época da sua aquisição. Qual investimento financeiro nos dias atuais oferece uma perspectiva de retorno tão atraente? Respondo: nenhum.

Temos ainda uma competição cada vez mais acirrada entre as instituições financeiras, o que torna o negócio mais atraente para os compradores e investidores. A mudança ocorreu em 2006, quando o Banco Central regulamentou a portabilidade de financiamento imobiliário, permitindo que o cliente pudesse renegociar sua taxa na instituição financeira que contratou o crédito ou mesmo migrasse de agente financeiro para aproveitar as melhores condições.

Foi um passo importante para o aperfeiçoamento das condições de um mercado que surgiu por aqui em 1997, com o advento da alienação fiduciária. Rapidamente, ela caiu no gosto dos brasileiros na compra de imóvel. Antes, as pessoas precisavam de um aporte de dinheiro alto na aquisição da casa própria, o que limitava bastante as opções. O empréstimo para a compra de um imóvel possibilitou que as famílias pudessem sonhar mais alto e, assim, aumentar substancialmente o leque de escolhas, já que os valores seriam pagos de forma fracionada e amortizados ao longo dos anos.

Antes da alienação fiduciária, reinava no país a hipoteca, que continua sendo a forma mais comum nos Estados Unidos. Porém, o financiamento imobiliário, como conhecemos hoje, é um processo com menos burocracia e com mais mais segurança ao credor (no caso, as instituições financeiras), já que o imóvel financiado fica em nome dos bancos até o pagamento da dívida do empréstimo, diferentemente da hipoteca – e é essa segurança que dá às instituições mais possibilidades de realizarem empréstimos para esse fim.

Por isso, embora as taxas atuais de crédito estejam realmente altas, não é exagero algum projetar que o mercado imobiliário pode escapar de ser impactado de forma mais severa pelo problema. Não é necessariamente uma relação de causa e efeito. Para muitas pessoas, cabendo no orçamento uma mensalidade de compra de um imóvel, a operação continua valendo a pena. Mesmo nos dias atuais, o comprador sabe que estará investindo em um ativo que valoriza. Além disso, o investimento não gera uma descapitalização dos recursos e, mudando o cenário do mercado, existe sempre a chance de migrar para um novo contrato com taxas e parcelas mensais menores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.