Apesar do prazo de seis meses dado pelo mercado para aprovação das reformas do governo Bolsonaro estar se esgotando, investidores continuam com apetite no Brasil por dois motivos principais: aprovação das reformas e a possibilidade de investimento em diversos setores no país.
O mercado de fusões e aquisições é um dos que puxa a fila do otimismo.
“Por cinco anos, a média de transações no Brasil foi de 700 a 800 no ano. Com a aprovação das reformas, principalmente da previdência, a expectativa é que 2019 feche superando mil transações, o que seria uma mudança de patamar”, afirma Alexandre Pierantoni, responsável pela área de fusões e aquisições da Duff & Phelps.
Professor de de Direito Empresarial e Mercado de Capitais, Alexandre Kawakami, pensa parecido:
“Em vários setores do mercado, a expectativa é de que a reforma seja aprovada, de alguma forma. Por outro lado, indicadores marcoeconômicos relevantes da economia brasileira se mostram estáveis: juros e inflação em patamares aceitáveis, atuação previsível do Banco Central, situação fiscal ainda sob controle. A normalização dos custos da Previdência fortalecerá a argumentação em prol do caso Brasil”.
“O investidor estrangeiro busca muitas explicações sobre o Brasil, por conta dos diversos acontecimentos do começo deste ano. No entanto, o grande leque de oportunidades mantém aquecida a vontade de investir no país”, completa Pierantoni.