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Lula diz que alta do dólar preocupa, mas sugere que crise é “inventada”

"É uma especulação. Há um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país. Não é normal o que está acontecendo", afirmou o presidente

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2024, 11h34 - Publicado em 2 jul 2024, 09h13

O presidente Lula concedeu há pouco uma entrevista à Rádio Sociedade, de Salvador, a sua 12ª em duas semanas, e foi questionado sobre a “sensibilidade do mercado” às suas críticas ao chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à autonomia da instituição e sobre a alta do dólar, que fechou a 5,65 reais nesta segunda-feira (1º). Na sua resposta, o petista se disse preocupado com a alta da moeda americana, mas sugeriu que a crise é inventada.

“O mundo não pode ser vítima de mentiras. A gente não pode inventar as crises, a gente não pode jogar a culpa. Eu vou te dar um exemplo: na semana passada, eu dei uma entrevista no UOL. Depois da entrevista, alguns especialistas começaram a dizer que o dólar tinha subido por conta da entrevista do Lula, e nós fomos descobrir que o dólar tinha subido 15 minutos antes da minha entrevista. É um absurdo”, declarou Lula.

“Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação. Há um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país, e eu tenho conversado com as pessoas o que é que a gente vai fazer para tomar… Eu estou voltando quarta-feira, eu vou ter uma reunião. Porque não é normal o que está acontecendo, não é normal”, complementou.

Indagado sobre o que o governo pode fazer diante do que classificou como especulação, ele respondeu que “nós temos que fazer alguma coisa”, mas que não poderia falar o que é preciso fazer por que se não estaria alertando os seus “adversários”.

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“Mas veja, não há necessidade: se você pegar os dados da economia, você vai perceber que o PIB está crescendo mais do que a previsão do mercado, o desemprego está caindo mais do que a previsão do mercado, que a renda da massa salarial está crescendo mais do que a previsão do mercado, você vai perceber que 87% dos acordos salariais estão sendo feitos com ganhos reais acima da inflação, você vai perceber a quantidade de entrada de capital externo para investimento direto no Brasil. Ora, então não há nenhuma preocupação das pessoas terem medo, das pessoas ficarem assustadas ou das pessoas acharem que vai acontecer alguma coisa errada”, apontou.

“Ah, mas muita gente fala: ‘É preciso cuidar dos gastos públicos’. É preciso cuidar dos gastos públicos. E ninguém nesse país cuidou melhor do que eu, ninguém. Porque eu aprendi de berço com uma mãe analfabeta que a gente não gasta mais do que a gente ganha, que a gente tem que pensar naquilo que a gente vai fazer, é assim que eu dirijo o Brasil. Agora o que eu não posso é aceitar a ideia de que é preciso acabar com benefício de pobre, esse Bolsa Família, o salário mínimo estão custando muito caro…”, concluiu o presidente.

“Viés político”

Durante a entrevista, ele disse ainda que sua visão sobre o Banco Central não é teórica, e sim a de um presidente que já foi presidente e teve a instituição sob seu “domínio” durante oito anos, “e com total autonomia”.

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“Alguém pode falar que o (Henrique) Meirelles não teve autonomia? E ele ficou oito anos do meu mandato, e se dependesse de mim ele ficaria com a Dilma também, não sairia não. O Fernando Henrique Cardoso trocou três presidentes de Banco Central, e é normal. O que é anormal é o Lula trocar, é Lula querer indicar alguém. E é o presidente da República que tem que indicar. E quando a gente indica um presidente do Banco Central, do Banco do Brasil, da Petrobras, não é para essa pessoa fazer o que a gente quer, não, porque as empresas têm diretoria, têm conselho, têm um cronograma de trabalho”, comentou.

O presidente ressaltou que o Banco Central tem a função de cuidar da política monetária do país e de atingir a meta da inflação, e disse que é por isso que o governo acabou de aprovar a meta de inflação de 3% ainda. “Vai continuar com 3%, e nós vamos tentar buscar isso.”

“Agora o que não dá é para você ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político, definitivamente eu acho que ele tem um viés político. Agora, veja, eu não posso fazer nada, porque ele é o presidente do Banco Central, ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado, eu tenho que esperar terminar o mandato e indicar alguém”, acrescentou.

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