Justiça nega absolvição e mantém presidente do Bradesco como réu
Na decisão, juiz marca início do julgamento de Trabuco e seus amigos para abril
A Justiça Federal em Brasília negou um pedido de absolvição sumária do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e de outros três executivos que integram ou integraram a cúpula do banco.
São eles: Mario da Silveira Teixeira Junior (ex-integrante do Conselho de Administração), Domingos de Abreu (diretor vice-presidente) e Luiz Carlos Angelotti (diretor-gerente de relações com investidores).
Com isso, os quatro continuam sendo réus na ação penal em que são acusados de negociar o pagamento de propina a uma quadrilha que oferecia um pacote de traficâncias para beneficiar o Bradesco em julgamentos do Carf e pendengas com a Receita Federal.
Na decisão em que enterrou o pleito dos acusados, o juiz Vallisney de Souza Pereira marcou para o dia 20 de abril o início do julgamento de Trabuco e seus amigos, tragados pelas investigações da Operação Zelotes.
“[…] os diálogos entre os integrantes da organização criminosa transcritos evidenciam que o Presidente do Bradesco tinha pleno conhecimento dos fatos e mesmo, considerando que não tenha participado integralmente das reuniões, suas intervenções esporádicas indicam que ele tinham alcance do que estava sendo tratado”, crava o magistrado em seu despacho.