Criação de empregos despenca em dezembro e não bate meta de Lula para 2023
Saldo de carteiras de trabalho assinadas no ano passado ficou quase 530 mil abaixo do resultado de Bolsonaro em 2022
O Ministério do Emprego e Trabalho acaba de divulgar uma péssima notícia para Lula.
Apesar de o presidente ter estabelecido como meta para 2023 a criação de 2 milhões de empregos com carteira assinada, o resultado do acumulado do ano não chegou a 1,5 milhão de vagas registradas, uma queda de 35%,7 em relação a 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Novo Caged, foram criados 1.483.598 postos de trabalho — a diferença entre 23.257.812 contratações e 21.774.214 demissões.
De janeiro a novembro, o saldo entre as admissões e desligamentos foi de 1.914.467. Mas dezembro, mês que tem registrado quedas desde a criação do Novo Caged, em 2020, amargou o segundo pior resultado da curta série história do indicador: 430.159 empregos a menos.
Em 2022, o acumulado de vagas CLT criadas foi de 2.013.340, apesar de dezembro daquele ano ter registrado um saldo negativo de 455.544.
O resultado foi ainda melhor em 2021 (2.779.900), um ano depois de o Novo Caged ter registrado redução de 192.016 no número de empregos com carteira assinada, como consequência da pandemia da Covid-19.
Em 31 de outubro do ano passado, Lula ainda acreditava que conseguiria bater sua meta. “Esse ano, possivelmente, a gente chega no final do ano a 2 milhões de empregos com carteira profissional assinada”, declarou o presidente durante sua live semanal — que foi deixada de lado, como revelou o Radar na edição de VEJA que está nas bancas.
Chefe da pasta, o petista Luiz Marinho apresentou os dados à imprensa.