BNDES inicia 2022 com IPO e 6 editais de infraestrutura lançados
Banco já é o maior estruturador de projetos de infraestrutura e ativos ambientais entre seus pares no mundo
A estratégia do presidente Gustavo Montezano em reposicionar o BNDES para além da imagem dos empréstimos subsidiados a obras faraônicas da era petista terá um momento importante de consolidação agora no início do ano. Ao menos seis editais de projetos de infraestrutura gestados pela Fábrica de Projetos do banco estão sendo lançados até fevereiro. O banco também prepara um inédito IPO para a Corsan, empresa de saneamento do Rio Grande do Sul.
A publicação de editais é o último passo antes do leilão, o que indica um 2022 movimentado na captação de investimentos privados para rodovias, iluminação pública, parques florestais e saneamento. Além da carteira federal, o banco tem atuado principalmente em suporte a estados e municípios.
Nesta sexta (21/01), o banco publicou o edital para a primeira privatização portuária do país, com a Codesa, companhia que administra os portos do Espírito Santo. Trata-se de uma agenda prioritária para o Ministério da Infraestrutura e que deve captar 1,3 bilhão de reais em obras e investimento no litoral capixaba. O leilão está marcado para o dia 25 de março.
Ainda com o DNA do banco, no último dia 10 o Governo do Rio Grande do Sul publicou o primeiro lote de rodovias estaduais que irá a leilão no estado, incluindo trechos de duplicação na chamada Rota do Charme, na Serra Gaúcha. Nos próximos dias, será a vez da Prefeitura de Curitiba publicar seu edital para remodelar a iluminação pública por meio de uma PPP também gestada pelo banco. Ainda no Sul, os parques gaúchos de Caracol, Turvo e Tainhas terão editais publicados nas próximas semanas.
O portfólio para leilões deve crescer ao longo dos meses, uma vez que são projetos iniciados em 2019 e 2020 e que agora encontram seu ponto final de maturação. Em 2021, a “fábrica de projetos” do BNDES já foi responsável por 11 leilões com um capital privado a ser mobilizado de cerca de 90 bilhões de reais nos próximos anos. São números que Montezano espera usar para marcar uma posição firme do banco e do legado de sua gestão.