Nem Petrobras salva: a péssima reação da bolsa à inflação e risco fiscal
VEJA Mercado: Pedro Rodrigues, do CBIE, e Maurício Valadares, da Nau Capital, debatem balanço surpreendente da estatal e expectativas frustradas no fiscal
VEJA Mercado | 8 de novembro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta sexta-feira, 8. A Petrobras reverteu o prejuízo do segundo trimestre e registrou um lucro de 32,5 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2024. A cifra é 22% maior em relação ao mesmo período do ano passado e está acima das projeções de analistas — que apontavam um lucro de 31 bilhões de reais. A estatal anunciou ainda um pagamento de 17 bilhões de reais em dividendos aos seus acionistas. A União terá direito a quase 7 bilhões de reais desse montante.
No mercado, a expectativa pelo anúncio do pacote de cortes de gastos foi frustrada. Uma nova reunião na tarde desta sexta-feira, 8, pode fechar as propostas. Boatos de que as medidas trariam uma economia de aproximadamente 15 bilhões de reais pegaram mal no mercado e derrubaram o Ibovespa ontem. O ministério da Fazenda negou em nota que o pacote final traria esses valores.
O Federal Reserve cortou em 0,25 ponto percentual as taxas de juros americanas, que caíram para o intervalo entre 4,5% e 4,75% ao ano. Jerome Powell, presidente da instituição, minimizou os efeitos da eleição de Donald Trump sobre a política monetária e rechaçou a possibilidade de renunciar ao cargo caso Trump o pedisse.
Diego Gimenes entrevista Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Também participa do programa Maurício Valadares, diretor de investimentos da Nau Capital. Rodrigues afirmou que o balanço anima do ponto de vista de mercado e que a gestão de Magda Chambriard é mais silenciosa e com menos ruídos que o esperado, mas que a publicação do plano estratégico da companhia no final do mês será fundamental para apontar o norte para os próximos anos.
Já Valadares falou sobre as expectativas frustradas do mercado em relação ao pacote de cortes de gastos. O ministério da Fazenda nega que as medidas vão reduzir em apenas 15 bilhões as despesas, mas os investidores já não acreditam mais em um pacote robusto de propostas. Para piorar, o IPCA de outubro foi mais alto que o esperado e identificou pela primeira vez um estouro da meta de inflação, podendo demandar novas altas de juros pelo Banco Central, segundo o especialista. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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