Política monetária está dada no curto prazo, diz economista da Constância
VEJA Mercado: Apesar de IPCA-15 mostrar inflação ainda forte em itens subjacentes, como alimentos, BC deve pausar altas da Selic na próxima reunião
Ainda de olho nos avanços e retrocessos em torno do “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os mercados no Brasil começam o dia amparados pelas informações da inflação do país e pelo início da temporada de balanços do primeiro trimestre deste ano.
No exterior, o mercado segue pautado pelos desdobramentos e à espera de novas informações sobre a guerra comercial de Trump contra outros países, sobretudo a China. O tema é marcado por idas e vindas, com Washington dizendo que houve abertura para negociações, enquanto Pequim nega.
No Brasil, os investidores repercutem as informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), um dos dados que serve de bússola para medir a inflação no país, o principal elemento quando o assunto é política monetária.
Para Alexandre Lohmann, economista da Constância Investimentos, apesar de alguns itens subjacentes do IPCA-15 mostrarem um comportamento ainda forte, isso não significa que o Banco Central vá mudar a sua política monetária e subir ainda mais os juros — ao menos por enquanto. “O BC já fez muito aperto e a gente acredita que é a fase do fim do ciclo de alta”, afirma Lohmann. “Muito provavelmente a próxima alta será a última.” O economista trabalha com um cenário de maior propensão a uma elevação da taxa Selic em 0,50 ponto percentual.
Na agenda corporativa, as ações da Vale são destaque no dia, após a companhia ter divulgado ontem o seu balanço. Embora a mineradora tenha apresentado lucro no primeiro trimestre de 2025, ele foi menor do que na comparação com o mesmo intervalo um ano antes, um desempenho pressionado sobretudo pela queda também no faturamento e no lucro operacional. Ainda assim, os dados vieram em linha com o esperado por analistas.
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