Elevação da nota de crédito é justa e apoiada em números, diz CEO da Hike
VEJA Mercado: Jonas Carvalho afirmou que crescimento mais forte e reformas amparam decisão da Moody's e que alta de juros sinaliza bom andamento da economia
VEJA Mercado | 02 de outubro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quarta-feira, 2. A agência de classificação de riscos Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil para Ba1 e manteve a perspectiva positiva para o país. Dessa forma, o Brasil está a uma revisão de recuperar o chamado grau de investimento — uma espécie de selo de bom pagador que afasta o risco de calotes para os investidores e facilita a entrada de investimentos estrangeiros no país. A Moody’s credencia a mudança de nota à melhora significativa do crédito no país, um crescimento mais robusto do PIB e a um histórico recente de reformas econômicas e fiscais. A melhora acontece depois de uma série de reuniões realizadas pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com representantes das agências nos Estados Unidos.
A Moody’s classificou ainda a credibilidade do arcabouço fiscal como moderada e afirmou que a política fiscal em conjunto com o crescimento do PIB devem permitir uma estabilização da dívida brasileira nos próximos anos, ainda que em patamares elevados, de 82% do PIB. Em nota, o Tesouro Nacional escreve que a revisão da nota reflete avanços nas contas públicas e da solidez dos fundamentos da economia do país e afirma que a agência espera uma melhora gradual dos resultados fiscais do Brasil.
Nos mercados, o Ibovespa fechou a primeira sessão de outubro em campo positivo e impulsionado pelas petroleiras. A escalada nos conflitos no Oriente Médio fez os preços do petróleo subirem até 5% em um único dia no mercado internacional. As ações da Petrobras subiram quase 3% e seguem em alta nesta quarta-feira. Diego Gimenes entrevista Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital. O especialista afirma que a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s é justa e amparada por números mais robustos de crescimento e por uma inflação mais moderada. Ele cita que até mesmo as altas de juros que devem ser impostas pelo Banco Central sinalizam que a economia deve se manter estável e sob controle nos próximos meses. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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