Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS
Imagem Blog

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças

Trabalho por apps: proposta de regulação deve tornar corridas mais caras

Relatório foi divulgado na terça, 9, e inclui medidas que devem aumentar custos de forma generalizada para o setor.

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 dez 2025, 18h06 •
  • O relatório do projeto de lei que regula o trabalho por aplicativos no Brasil, divulgado nesta terça-feira, 9, deve encarecer corridas e entregas no país. Estimativas do setor preveem que o preço das entregas pode dobrar, enquanto o valor cobrado nas corridas por aplicativos deve se aproximar dos praticados por taxistas.

    A proposta do relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), prevê medidas como tarifa mínima de R$ 8,50 por corrida ou entrega, limitação da taxa de serviço das empresas, contribuição previdenciária com alíquotas de até 23% para as plataformas, e uma série de obrigações de pagamentos aos motoristas, como adicional por viagens realizadas à noite e aos domingos e feriados, aumento de 30% em todas as corridas do mês de dezembro (semelhante à bandeira 2 dos táxis) e até um bônus se houver câmera no veículo.

    Em nota, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste afirma que “o texto mantém mecanismos que podem elevar significativamente o custo final das entregas para os consumidores, afetando diretamente o acesso e a sustentabilidade desses serviços”.

    A entidade afirma que pediu para participar da construção do projeto e das discussões na comissão especial sobre o tema na Câmara, mas não recebeu resposta, e defende uma regulação que considere os impactos para todos os setores envolvidos.

    “A Proteste entende que é possível avançar em proteção social e segurança jurídica para trabalhadores ‘plataformizados’ sem penalizar consumidores. Para isso, é indispensável que o impacto econômico das propostas seja avaliado com precisão e que os consumidores sejam incorporados de forma efetiva ao debate, conforme determina a própria Constituição ao definir sua proteção como princípio orientador da política econômica”, diz.

    Continua após a publicidade

    O relatório foi construído pelo relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), após meses de audiências públicas em que foram ouvidos 77 convidados, em sua maioria representantes de trabalhadores e acadêmicos, mas nenhuma entidade de defesa do consumidor. Recentemente, Coutinho se aproximou dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, e do Trabalho, Luiz Marinho, que têm articulado maior protagonismo do governo no debate sobre o tema.

    O relator também teve diversas reuniões com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, que tem utilizado a estrutura institucional da Corte para criticar o modelo de trabalho em plataformas e defender que a atividade seja enquadrada dentro do direito do trabalho.

    As plataformas afirmam que somente um dos dispositivos incluídos na proposta de Coutinho levaria cerca de 20% dos usuários, principalmente os de menor renda, a ficarem impossibilitados de pagar pelos serviços. Preveem ainda que as medidas levarão ao encarecimento das viagens, o que vai provocar diminuição na demanda e uma queda na renda total do trabalhador.

    Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas, diz que o relatório “é uma proposta legislativa trágica, que traria um aumento de preços capaz de tornar impraticável os serviços de delivery e de transporte de passageiros para 125 milhões de brasileiros que atualmente usam os aplicativos”.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    O mercado não espera — e você também não pode!
    Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.