Os sinais de retomada do varejo automotivo
Grupo Vigorito vê aumento no fluxo e aposta na retomada das vendas

A produção de veículos leves no Brasil cresceu 6,7% entre janeiro e abril, alcançando o melhor resultado para o período desde 2019, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras instaladas no país. Em abril, o avanço foi de 20,1% sobre março.
No mesmo ritmo, as vendas diretas — voltadas a empresas, locadoras, produtores rurais, taxistas e pessoas com deficiência (PCDs) — cresceram 12,4% no trimestre, respondendo por 46,5% dos emplacamentos de veículos leves, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa as concessionárias em todo o país.
Apesar do otimismo com os dados de produção e exportação, a própria Anfavea monitora com apreensão o impacto da taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,75% ao ano — o maior patamar em quase duas décadas. Segundo a entidade, juros elevados podem afetar o ritmo dos emplacamentos no segundo semestre.
Para o Grupo Vigorito, concessionária mais antiga em operação no Brasil, que completa 100 anos em 2025, o momento confirma a recuperação do setor. “A retomada da produção mostra que a indústria voltou a operar com otimismo. E o varejo começa a sentir isso na ponta, com mais fluxo, mais crédito e um consumidor que volta a planejar”, afirma Hermes Schincariol Júnior, diretor-superintendente do grupo.
Ele também destaca o papel do financiamento. Segundo a Fenabrave, a oferta de crédito cresceu 25% no início do ano, com 65% de aprovação de fichas e queda da inadimplência de 4,7% para 4,4%. “Com crédito mais acessível e inadimplência em queda, o consumidor volta a pensar na troca do carro com mais segurança. As vendas diretas puxaram o mercado neste início de ano, e temos ampliado nossas soluções para perfis como empresas, PCDs e frotistas”, completa o executivo.