Por que o ‘presságio’ de Bolsonaro sobre gasolina levanta desconfiança
Declarações de horas antes e minutos depois de anúncio da Petrobras colocam suspeitas de que presidente teria informações privilegiadas
Com o anúncio da quarta queda consecutiva nos preços da gasolina desde julho, feito pela Petrobras nesta quinta-feira, 1º, consumidores podem ter um novo alívio em suas contas. Mas a notícia, em geral bem recebida, é cercada de desconfianças sobre a influência do presidente Jair Bolsonaro na estatal. “Acho que até sexta-feira vai ter mais uma boa notícia, porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras“, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT na quarta-feira, 31. Além dessa prévia, o presidente compartilhou detalhes da redução apenas dez minutos após o anúncio da Petrobras, através de seu perfil no Twitter. “Nova redução de preços da gasolina! A partir de amanhã, 02/09, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$3,53 para R$3,28 por litro, uma redução de mais R$0,25 por litro”, diz a publicação na rede.
O caso envolvendo o corte de hoje, que foi de 7,08% dos preços nas refinarias, não é um fato isolado. Bolsonaro levantou suspeitas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em novembro de 2021, quando anunciou outro reajuste antes da Petrobras. “A Petrobras anuncia, isso eu sei extraoficialmente, novo reajuste em 20 dias”, disse na ocasião.
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