Petrobras mantém política e aprova dividendo de R$ 35 bi, mas com ressalva
VEJA Mercado: estatal tem o maior lucro líquido anual da história para uma empresa de capital aberto no Brasil

A Petrobras manteve sua política de dividendos da era Bolsonaro e anunciou o pagamento de 35 bilhões de reais em dividendos aos seus acionistas referentes aos resultados do quarto trimestre de 2022. O montante representa um pagamento de 2,7 reais por ação, o equivalente a um dividend yield de 10% – porcentagem similar aos anúncios da era Bolsonaro. Dividend yield é a relação entre o preço da ação e o valor pago por ação em dividendo. A estatal lucrou 43 bilhões no quarto trimestre de 2022. A diretoria executiva da Petrobras, nomeada por Jean Paul Prates, indicado do presidente Lula, fez uma ressalva. O comitê propôs que cerca de 20% dessa cifra seja cortada e destinada a uma reserva que possa subsidiar eventuais altas do petróleo no mercado internacional. A decisão final sobre o destino desses 20% será conhecida na Assembleia Geral da Petrobras, marcada para o final de abril.
No mercado, a tese de que a Petrobras poderia até mesmo de deixar de pagar dividendos no quarto trimestre caiu por terra. Ainda assim, o tom de alguns analistas é de cautela. “Reconhecemos que esta é uma tese de investimento de alto risco e preferimos operacionalizar nossa visão positiva sobre os preços do petróleo por meio de outros negociação”, escrevem os analistas da XP. A Petrobras teve lucro líquido de 188 bilhões de reais em 2022, o maior da história para uma empresa de capital aberto no Brasil.
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