O recado de João Doria sobre a relação entre Haddad e o Banco Central
Em entrevista ao Radar Econômico, o ex-governador destaca o mérito do ministro para a perspectiva de queda dos juros
De volta ao setor privado, o ex-governador de São Paulo João Doria elogiou a gestão do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do grupo empresarial Lide, nesta segunda-feira, 13. Ao elencar pontos positivos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Doria destacou o diálogo de Haddad com o setor produtivo, destacando que o petista tem humildade para receber opiniões do empresariado. O empresário também frisou o arrefecimento das tensões entre o Executivo e o Banco Central. “O ministro Fernando Haddad soube interpretar que o confronto não é construtivo. E o resultado está aí: a perspectiva hoje é, sim, de uma queda gradual e segura da taxa de juros, em uma ação bem administrada pelo Banco Central”, disse Doria, ao Radar Econômico.
A postura de Haddad ao preconizar dar vazão a reformas como o novo arcabouço fiscal pode ser encarada como seu principal gesto de conciliação entre os interesses do governo e do Banco Central (BC). “O governo está mais voltado a propor medidas que melhorem a situação fiscal, de modo a tranquilizar o Banco Central e, por sua vez, deixá-lo mais confortável para reduzir a taxa de juros. É o caminho propositivo do diálogo, que foi corretamente adotado pelo ministro Haddad”, diz o ex-governador. “Antes tarde do que nunca”. Otimista em relação ao futuro dos juros, que tem tirado o sono do mercado, Doria afirma que o país colherá os frutos do diálogo entre Haddad e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, muito em breve. “Ganha o Brasil”, vaticina.
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