O que trava a discussão sobre a privatização do Porto de Santos
Membros do governo paulista veem entraves partindo do próprio presidente, enquanto petistas admitem andamento com alterações no projeto
É em compasso de espera que membros importantes do governo de São Paulo, sob a batuta de Tarcísio de Freitas, avaliam o andamento da privatização do Porto de Santos. A reunião entre o governador e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, ocorrida na semana passada, teve como principal mote o avanço das negociações pela concessão — mas pouco caminhou. A pauta foi levada por Tarcísio ao ministro e ao próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reuniões com os governadores.
Membros da gestão petista admitem que o projeto possa sair do papel, mas com a revisão dos ditames. O ministro quer dividir as concessões do projeto e áreas do porto e ampliar o escopo para mais empresas ingressarem nos certames.
Já no governo paulista, a visão é de que França fora escalado por Lula para dizer não. A avaliação é de que, por razões ideológicas e pressão de expoentes do PT, o próprio presidente barra as discussões sobre o andamento da privatização do porto, visto como uma “oportunidade de ouro” e um dos grandes projetos da gestão de Tarcísio de Freitas.
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