O que está por trás do intenso rali das varejistas na bolsa
VEJA Mercado: Magazine Luiza, Via e Americanas sobem quase 30% no acumulado de dois dias

Magazine Luiza, Via e Americanas, três das maiores varejistas brasileiras listadas em bolsa, têm observado um intenso rali de fim de ano em seus papéis. Na última segunda-feira, 19, os três papéis subiram entre 8% e 16% cada, e por volta das 13h desta terça-feira, 20, sobem as três na casa dos 12%. As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de declarar inconstitucional o orçamento secreto e de retirar o Bolsa Família da regra do teto de gastos por um ano ao custo de 150 bilhões de reais melhoraram a previsibilidade no país e provocaram uma queda nas curvas dos juros futuros. Como o varejo é um setor sensível aos juros, uma vez que o aperto monetário diminuiu o consumo e elevou as taxas de financiamento, as projeções de quedas para os próximos anos trazem algum tipo de alívio a longo prazo. “À luz dos acontecimentos, a curva futura de juros brasileiros teve um dia de queda em seus vencimentos mais longos. Esse movimento impulsionou empresas correlacionadas com os juros, como as varejistas”, avalia a Genial Investimentos.
Além da queda nas curvas dos juros futuros, é importante ressaltar que as varejistas acumulavam perdas de 80% no acumulado do ano até a última segunda-feira. Em outras palavras, são papéis que sofreram forte desvalorização e despontam como pechinchas na reta final do ano. Ademais, a Via anunciou a saída de Raphael Klein, neto de Samuel Klein, empresário que fundou a companhia, da presidência do conselho da empresa. Renato Carvalho do Nascimento, conselheiro independente, foi nomeado o novo presidente. A Via reforça que é uma empresa sem controle definido e que “dá mais um passo na evolução de sua governança corporativa”.
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