O papel da padaria no embate entre os acionistas da BR Malls
Acionistas entram em conflito por proposta de fusão feita pela Aliansce
A Aliansce fez uma proposta não solicitada, conhecida como proposta de aquisição hostil, ao conselho de administração da BR Malls, lá por janeiro. O conselho achou que era pouco dinheiro, que deveria haver prêmio de controle e que o preço deveria refletir melhor o portfólio da BR Malls. Negou a proposta e, na sequência, a Ancar começou a avaliar uma possível fusão. Meses depois, a Aliansce fez nova oferta, mas o conselho entendeu que ela apenas atualizou os valores ao sabor da flutuação dos preços desde janeiro. E a confusão está formada no mundo dos shopping centers. Como a BR Malls é uma empresa com capital pulverizado, a disputa entre acionistas já começou. O conselho garante que tem apoio de pelo menos 40% dos acionistas que se manifestaram favorável à negativa. Já do outro lado, minoritários pedem que a BR Malls faça assembleia para decidir se a proposta é boa ou não. A própria Aliansce, inclusive, virou acionista ao comprar parte das ações.
Nas redes sociais, o investidor Renoir Vieira tenta inflamar os acionistas e faz até uma conta de padaria: “Você é dono de uma padaria, aparece um grupo de padarias querendo comprar a sua padaria, gerente que é seu funcionário decide sem te consultar que não é uma boa vender”. Com essa analogia o investidor quer incentivar os minoritários da BR Malls a pressionar a empresa a realizar uma assembleia extraordinária.
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