Nova rede de academias surge para disputar mercado com Smart Fit
Primeira unidade da rede Ultra fica localizada no coração de São Paulo e será inaugurada em 15 de janeiro; objetivo é ter 300 academias em cinco anos
O empresário Fernando Nero, um dos fundadores da BlueFit e sócio da Spider Kick, a rede de academias do lutador Anderson Silva, está com um novo projeto. Quem passa pela Rua Augusta, tradicional endereço da cidade de São Paulo, já nota que, em frente ao Conjunto Nacional, um novo estabelecimento está prestes a abrir as portas. Será a rede de academias Ultra. Primeira unidade do projeto, o espaço de 1,3 mil metros quadrados demandou aporte da ordem de 4 milhões de reais e deve funcionar como uma flagship que irá nortear a expansão da marca a nível nacional. O projeto da rede, que atuará por meio de franquias, envolve a abertura de ao menos 30 academias em 2021. Em cinco anos, a ideia é ter 300 pontos.
Há oito unidades em obras e pelo menos 18 franquias assinadas, em São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Paraná. Cada unidade demandará um capital de investimento entre 1,5 milhão de reais, no modelo compacto, e 3 milhões de reais em espaços que poderão ser acoplados a uma outra marca de academias parceira, como a própria Spider Kick ou o estúdio Ballet Fitness, de Betina Dantas — como a primeira loja se trata de uma flagship, o aporte foi mais alto. Parte significativa desse valor pode ser financiado caso o interessado em abrir uma franquia deseje algum tipo de facilitação na hora de fechar o acordo. Além disso, cada projeto demanda uma taxa de franquia de 100 mil reais para garantir suporte de treinamento, plano de marketing e acompanhamento das obras. A taxa de royalties é de 8% sobre o faturamento bruto da unidade. Para o cliente, os planos giram a partir de 97 reais.
O objetivo é ganhar escala e herdar alunos órfãos de atividades físicas. Segundo Nero, a pandemia acelerou o processo de fechamento de unidades no ramo. “Por conta da pandemia do coronavírus, cerca de 30% das academias que não estão vinculadas a uma rede vão fechar para sempre, o que vai gerar uma série de alunos órfãos, querendo treinar. Isso vai gerar oportunidades para os novos entrantes”, afirma o empresário. Para chegar em 300 pontos espalhados pelo país, ele quer aproveitar o aumento da vacância no Brasil. “Bancos, concessionárias e lojas de varejo estão fechando e deixando vários pontos para serem ocupados aqui no Brasil”, diz. Ele aposta ainda que o momento é oportuno para expandir negócios por meio de franquias, haja vista a atraente taxa básica de juros. Neste mercado, a maioria das grandes redes se associou a fundos de investimento para crescer.
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