Nova pesquisa aponta as três maiores insatisfações do mercado com Lula
VEJA Mercado: levantamento também aborda a relação entre Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo no Banco Central
Uma nova pesquisa realizada pelo instituto Quaest em parceria com a Genial Investimentos revelou três das maiores insatisfações de gestores, economistas e analistas com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira diz respeito à política de preços dos combustíveis da Petrobras. 97% dos entrevistados avaliam que a definição dos preços é influenciada por razões políticas, enquanto 81% acreditam que o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) é negativo para a indústria de petróleo brasileira.
A meta do governo de zerar o déficit fiscal do país em 2024 é encarada com enorme descrença no mercado. Para 95% dos entrevistados no levantamento, esse objetivo não será cumprido. Ao mesmo tempo, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é mal avaliado e pode piorar o cenário fiscal do país, segundo a pesquisa. 86% dos entrevistados opinam que o programa não é suficiente para o país crescer e que o valor dos investimentos — 1,7 trilhão de reais — é inadequado para as contas públicas.
Outro ponto abordado na pesquisa é a relação entre Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e Gabriel Galípolo, diretor de política monetária da entidade e apontado como um dos possíveis candidatos à presidência do BC em 2025. A relação entre os dois é encarada como colaborativa para 80% dos consultados, enquanto 20% afirmaram que a relação é competitiva. O levantamento ouviu 87 economistas, gestores e analistas entre os dias 13 e 18 de setembro.
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