No apagar das luzes, Maia tenta dar vazão à reforma tributária de Guedes
Entre o recesso parlamentar e sua saída do comando da Casa, presidente tenta deixar o último legado
Estava na listinha de Natal do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) votar, já apagar das luzes, o projeto de reforma tributária do governo que unifica o Pis e o Cofins. Segundo pessoas próximas ao deputado, era um desejo pessoal dele colocar em pauta ainda este ano ou em janeiro. O principal entrave vem de dentro de casa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não deve suspender o recesso do Congresso Nacional no mês que vem, como era desejo de Maia.
Maia sempre foi um entusiasta da PEC 45, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), um dos virtuais candidatos à sucessão do atual presidente no comando da Câmara. Maia acredita, porém, que aprovar o texto do governo é mais fácil do que dar vazão a qualquer projeto de emenda constitucional — a proposta demanda aprovação por maioria simples. Os textos, segundo ele, são convergentes. No Ministério da Economia, o comentário vigente é de que o café oferecido por Rodrigo Maia já está frio há algum tempo.