MP investiga reunião de Eduardo Bolsonaro e empresa acusada de espionagem
Estatal dos Emirados Árabes, com a qual filho do presidente se reuniu, é acusada de manter um software que receptaria dados de celulares
O Ministério Público Federal encaminhou um ofício ao Ministério da Justiça para pedir investigação sobre uma reunião ocorrida entre integrantes do governo federal e representantes do Grupo Edge, estatal dos Emirados Árabes Unidos envolvido em um escândalo de espionagem. Em maio, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, compareceu em um encontro com a empresa ao lado do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha. A empresa é investigada por manter um software que rastreia o envio e receptação de dados de telefones celulares.
As investigações apontam que os sistemas conseguiram operacionalizar a invasão de iPhones, acessos pelos quais os hackers conseguiram obter fotos e ter acesso a e-mails. Segundo a agência de notícias Emirates News Agency, a reunião teve o objetivo de “discutir formas de cooperação nas áreas de conhecimento, pesquisa e desenvolvimento, defesa e tecnologia avançada”. O MPF deu dez dias para a obtenção de informações acerca da reunião e os fundamentos jurídicos para a aquisição de produtos ou serviços da referida empresa.