Lula faz papel de defensor do gasto público após Haddad prometer cortes
Presidente argumenta que Saúde e Educação não configuram gastos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou um discurso cujo tom contrasta com o adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula criticou a classificação de aportes nas áreas de Saúde e Educação como gastos, argumentando pela importância dos investimentos públicos.
“Toda vez que a gente está cuidando de política social, é tratado como gasto. É inacreditável”, disse durante a cerimônia de assinatura de planos para a segurança alimentar, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 16. A fala ocorre menos de dois dias após Haddad defender uma redução no gasto público, incluindo a revisão de distorções estruturais nas contas do governo, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O ministro considera que a reestruturação de gastos públicos, de modo a enxugá-los, é a questão mais urgente para a Fazenda. Medidas para equilibrar as contas pelo lado da despesa devem ser apresentadas ainda neste ano, após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro.