A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode causar mau-humor momentâneo no mercado, acredita Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, mas o impacto real , segundo ele, virá se o episódio corroer a imagem de Lula — já confirmado como candidato à reeleição. “Quando a popularidade de quem lidera as pesquisas é abalada, o mercado começa a recalcular o futuro”, afirmou, lembrando que falas políticas em períodos de incerteza são rapidamente traduzidas em oscilação de expectativas.

O planejador financeiro Marcelo Bolzan, sócio da Rio Capital, concordou que o ruído político provocado por Lula pode até balançar o noticiário, mas o que realmente move o mercado é a condução da política monetária.

Agostini aposta que o Banco Central vai “preparar o terreno” para reduzir os juros a partir de março, enquanto Bolzan vê espaço para o início do ciclo já em janeiro. Por ora, o mercado observa — atento às palavras do presidente e ainda mais ao tom do BC.

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