Julgamento no TCU coloca na linha de tiro órgãos do setor elétrico
Cedraz quer entender se o atual diretor-geral da Aneel, Sandovoal Feitosa Neto, poderia ser nomeado para o cargo e responsabilização por gestão da crise
Depois de um julgamento que contou com possíveis conflitos de interesses de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), o revisor do processo que analisava a atuação do governo federal na crise hídrica de 2021, Aroldo Cedraz, de oficio, determinou auditorias na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Na Aneel, Cedraz quer entender se o atual diretor-geral, Sandovoal Feitosa Neto, poderia ser nomeado para o cargo, uma vez que o TCU entende que um diretor de agência regulatória não pode ficar mais de cinco anos ocupando cargos na cúpula do órgão.
No ONS, o ministro quer saber se a gestão dos reservatórios foi adequada. Por fim, vai investigar os contratos de duas usinas termelétricas junto ao governo federal: a Tevisa e a Povoação, ambas no Espírito Santo. O relator do processo será o ministro Benjamin Zymler. Caso indicios de malfeitos sejam encontrados, os administradores responsáveis pela gestão da crise hídrica podem enfrentar um longo processo na Corte, segundo fontes próximas ao caso.
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