Inflação virou tema recorrente nos Estados Unidos
Títulos do tesouro americano de 10 anos batem 1,77%, voltando a níveis pré-pandemia
![WASHINGTON, DC - JANUARY 26: (L-R) Vice President Kamala Harris looks on as U.S. President Joe Biden signs executives orders related to his racial equity agenda in the State Dining Room of the White House on January 26, 2021 in Washington, DC. President Biden signed executive actions Tuesday on housing and justice reforms, including a directive to the Department of Justice to end its use of private prisons. Doug Mills-Pool/Getty Images/AFP](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/01/063_1230805037.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O assunto desta terça-feira, 30, nos Estados Unidos é inflação. O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos atingiu 1,77%, chegando a níveis observados em janeiro de 2020, ou seja, antes da pandemia. Os investidores já estão se antecipando ao pacote de infraestrutura que o governo Joe Biden deve anunciar nesta semana de gastos de mais 3 trilhões de dólares para impulsionar a economia. Mais estímulos, vacina aplicada em larga escala e os efeitos da pandemia nos custos devem ter efeitos nos índices de inflação. Segundo o jornal Financial Times, cada dia mais empresas americanas apontam para os gargalos na cadeia de suprimentos e os custos que não param de subir com matéria-prima e mão de obra, a exemplo do que tem acontecido no Brasil. Com mais inflação, a tendência é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumente os juros no longo prazo e, na expectativa, os US Treasuries de longo prazo sobem. Esse tipo de movimento afeta também o Brasil porque quanto mais alto for o rendimento dos juros americanos, menos investidores estrangeiros se arriscam em mercados emergentes, menos dólares vem para o país e mais o juro aqui também sobe.
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