Iminente invasão na Ucrânia faz dólar subir e zera bolsa na última hora
VEJA Mercado: Ibovespa subia mais de 1% e dólar caía a R$ 5,18, mas comunicado da Casa Branca assusta investidores e índices terminam no zero a zero

VEJA Mercado | Fechamento | 11 de fevereiro.
Até às 18h em ponto, tudo pode mudar. E nesta sexta-feira mudou. A bolsa caminhava para encerrar o dia em alta de mais de 1% e dólar caminhava para fechar no patamar dos 5,18 reais, mas tudo mudou de última hora. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou nesta tarde que a Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento, de acordo com o Dow Jones Newswire. O governo americano pediu que os cidadãos norte-americanos deixem a Ucrânia nas próximas 48 horas, e o efeito nos mercados foi imediato. O dólar zerou as perdas e fechou estável aos 5,24 reais. Já o Ibovespa, por sua vez, zerou os ganhos mais expressivos e fechou em leve alta de 0,18%, aos 113.572 pontos. “A elevação nas tensões diplomáticas e o cenário iminente de conflitos tende a favorecer os ativos de menor risco, como o dólar”, avalia Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.
No campo das empresas, as tensões referentes à Ucrânia consumiram parte dos lucros, mas não tiraram o destaque do balanço do Itaú, que surpreendeu positivamente o mercado. As ações da instituição fecharam em alta de 6,15%. A Itaúsa, holding do banco, subiu 4,26%. Os números também fizeram as ações de Santander e Bradesco se valorizarem em 1,54% e 0,33%, nessa ordem. Outro destaque foi a Petrobras, que fechou em alta expressiva de 4% de olho no petróleo brent, que também avançou 4%, a 95,1 dólares o barril. “O petróleo também é um ativo que tende a ficar volátil com as tensões pelo fato da Ucrânia ser uma importante região de transporte de gás natural. As especulações e o aumento dos estoques costumam dar o tom nesses momentos”, diz Rodrigo Friedrich, chefe de renda variável da Renova Invest.
As aéreas figuraram entre as maiores baixas do dia pela narrativa de que as tensões lá foram podem obrigar turistas e executivos a refazerem seus planos de viagens. Azul e Gol fecharam em quedas de 5,84% e 4,83%, respectivamente.
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