Governo e bancos trocam afagos sobre o Desenrola
Executivos de grandes bancos elogiam a implementação do programa
![Bancos Itaú e Santander na avenida Paulista em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/bancos-itau-santander-20121004-original10.jpeg?quality=90&strip=info&w=1040&h=585&crop=1)
O programa Desenrola, voltado à renegociação de dívidas, foi motivo para elogios e afagos durante debate entre os presidentes de alguns dos principais bancos do país promovido pelo Santander. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil indicada pelo governo federal, ponderou que o programa evidenciou uma disposição dos bancos privados para o diálogo com o governo. Em seguida, Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, elogiou a coordenação conjunta entre bancos e governo na implementação do Desenrola e disse estar otimista com suas próximas fases. “O Desenrola serve muito bem para remediar esse ciclo (de aperto do crédito)”, complementou Mario Leão, que comanda o Santander.
Além do programa de renegociação de dívidas, os executivos debateram intensamente pautas referentes ao crédito, como o possível fim dos juros rotativos dos cartões e o desestímulo ao parcelamento sem juros — que estão em análise pelo Banco Central. Há consenso de que o sistema que envolve o rotativo deve ser repensado, mas ainda sem uma resposta clara sobre qual caminho seguir. “Temos falado sobre isso (tema dos juros rotativos do cartão de crédito) desde o ano passado e mais intensamente já há seis meses”, disse Leão. Já sobre a continuidade do parcelamento sem juros, o setor tende a rechaçar a ideia de acabar com a modalidade. “Não existe a pretensão de acabar com o parcelado sem juros. Nunca falamos sobre isso”, disse Maluhy Filho.