Google endurece política para combater golpes financeiros em anúncios
Empresa que bloqueou mais de 60 milhões de peças publicitárias fraudulentas depende de agências reguladoras
A política do Google para veiculação de anúncios de instituições financeiras no Brasil foi atualizada nesta terça-feira, 16, a fim de prevenir a disseminação de conteúdo fraudulento e golpes financeiros. A partir de hoje, integrantes do setor que desejem ter anúncios no Google precisarão provar que suas operações são autorizadas por um órgão regulador, como o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a uma empresa parceira da multinacional americana. Uma vez realizado esse processo, o anunciante em potencial poderá solicitar sua verificação como instituição financeira ao Google, assim permitindo a compra de anúncios. Do dia 17 de outubro em diante, financeiras que não forem verificadas não terão conteúdo publicitário exposto na plataforma.
Gerente de produtos em integridade de anúncios no Google, Vishal Jain conta que a novidade foi implementada primeiro no Reino Unido, há cerca de um ano, e foi seguida por uma queda em denúncias de publicidades que promovem golpes financeiros. Hoje também presente na Austrália, Cingapura e Taiwan, o recurso passa a ser implementado em mais três países, Brasil, Portugal e Índia. Apenas no ano de 2021, o Google bloqueou ou removeu três bilhões de anúncios antes veiculados pela empresa globalmente, dos quais cerca de 60 milhões violavam políticas referentes a serviços financeiros.
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