Goldman projeta preço de petróleo que pode anular planos de Bolsonaro
VEJA Mercado: cotação a US$ 135 seria necessária para resolver escassez de oferta, segundo os analistas do banco

Os analistas do banco americano Goldman Sachs projetam que o petróleo brent deve bater a marca de 135 dólares o barril no segundo semestre de 2022 para mitigar o problema de escassez da commodity. “Acreditamos que os preços do petróleo precisam subir ainda mais para normalizar os níveis insustentavelmente baixos dos estoques globais de petróleo, bem como a Opep e as capacidades ociosas de refino”, escreveram os estrategistas. O petróleo fechou o dia cotado a 120 dólares o barril nesta terça-feira, 7, ou seja, a potencial valorização da commodity seria de mais de 10% só levando em conta as cotações internacionais. Já os preços finais da gasolina ainda não refletem o mercado internacional porque a Petrobras está desde março sem fazer reajustes, o que aumenta ainda mais o potencial de alta. Todo esse movimento do petróleo no mercado internacional pode atrapalhar os planos do presidente Jair Bolsonaro de baixar o preço dos combustíveis no Brasil. O governo federal deve encaminhar ao Congresso uma PEC que zera os impostos federais e incentiva os estados a também zerarem os seus tributos sobre os diesel e gás de cozinha, mas tudo pode ir por água abaixo caso o petróleo dispare porque os efeitos dessa medida podem ser anulados.
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