Fraudes aumentaram para 36% dos varejistas em 2022 e elevam risco
Um a cada quatro consumidores foi vítima das ações criminosas, perdendo mais de 800 reais em média
Para 36% dos varejistas, o ano de 2022 foi marcado por um aumento em tentativas de fraudes no Brasil, já consideradas o segundo maior risco para os negócios do setor, atrás apenas da redução do poder de compra causada pela inflação. Os dados são do Relatório Varejo 2023, levantamento realizado pela plataforma de pagamentos Adyen em parceria com as consultorias globais Opinium Research e Censuswide. Também é detalhado que o golpe mais comum contra os comerciantes é a réplica do site das empresas a fim de manipular seus clientes, com mais de um terço dos varejistas — ou 35% deles — afirmando terem sofrido esse tipo de ataque.
O crescimento desse tipo de ação criminosa tem estimulado investimentos por parte dos varejistas, além de causar prejuízos financeiros. Mais da metade dos participantes da pesquisa — 51%)l dos entrevistados — afirmam que estão dobrando seu número de funcionários no setor de fraude e risco em 2023, a mesma porcentagem que diz que transações fraudulentas e estornos são fatores significativos para o custo do negócio. “Estar um passo à frente e sempre atento às ações dos criminosos virtuais é vital para os negócios. Contar com ferramentas de proteção eficazes para dar segurança a informações sensíveis da empresa e dos clientes ainda é o melhor caminho”, diz Thais Fischberg, CEO da Adyen na América Latina.
Já em relação a como os consumidores são afetados pelo problema, o levantamento aponta que um em cada quatro brasileiros (26%) diz ter sido vítima de fraude ao longo do último ano, com uma média de prejuízo de 853 reais por pessoa. Como resultado das constantes tentativas de fraudes, o brasileiro estaria receoso em relação ao ambiente digital. Cerca de 68% acreditam que o risco de fraude torna as compras online menos atraentes. Outros 38% são conservadores na hora de adotar novas formas de pagamentos ou hábitos de consumo digital por medo de fraudes, enquanto 31% não permitem que seus dispositivos lembrem seus detalhes de pagamento como precaução.
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