Como tensões entre Lula e Banco Central impactam o dólar
VEJA Mercado: moeda brasileira se mostra enfraquecida frente a pares emergentes

O real poderia apresentar uma performance melhor frente ao dólar. Essa é a leitura de alguns analistas em relação à cotação da moeda brasileira frente à norte-americana. As picuinhas provocadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da independência do Banco Central e suas respectivas políticas e metas de inflação elevam a aversão ao risco no país. Por falar em metas de inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) precisa definir em junho a meta para o ano de 2026. O número, que antes parecia certamente o mesmo definido para 2025, em 3%, é alvo de discussão na alta cúpula do governo. Caso a meta seja elevada, a tendência é de enfraquecimento do real frente a outras moedas emergentes. O CMN é composto pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento.
“A taxa de crescimento dos preços estruturalmente mais elevada frente aos países internacionais resulta em moeda doméstica mais depreciada, justamente o que observamos neste momento, com o real apresentando performance abaixo dos emergentes pela desancoragem de longo prazo na inflação que pode ser provocada caso a meta não siga no mesmo parâmetro do próximo biênio”, avaliam os analistas do BTG Pactual. Por volta das 13h, o dólar negociava em alta de 0,35%, cotado a 5,192 reais.
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