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Bolsa sobe 3% em semana do primeiro grande marco econômico do governo

Anúncio do arcabouço fiscal marcou cinco melhores pregões seguidos desde janeiro, mitigando perdas da semana anterior; dólar cai a 5,06 reais

Por Felipe Erlich 1 abr 2023, 10h41

VEJA Mercado | fechamento da semana | 27/03 a 31/03

O Ibovespa inverteu seu desempenho desastroso da penúltima semana de março em meio ao anúncio da nova regra fiscal do país. Nos cinco pregões entre os dias 20 e 24, a bolsa de valores registrou queda de 3%. Já na semana em que o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, anunciou o projeto, o número se manteve, mas de sinal trocado, com o índice subindo 3%. Apenas no dia em que os princípios do chamado arcabouço fiscal vieram a público, na quinta-feira, 30, a principal métrica do mercado financeiro escalou em cerca de 2%. Vale lembrar que, há exata uma semana antes do anúncio, o Ibovespa registrava seu pior patamar desde julho de 2022, aos 97,9 mil pontos. No dia da coletiva de Haddad, o indicador foi a 103,7 mil pontos, ou seja, disparando quase 6% ao longo de cinco pregões positivos — algo que não ocorria desde o início do ano, entre os dias 4 e 11 de janeiro.

Um indicador de extrema importância para as finanças do país que também teve ganhos na semana foi o câmbio. Entre segunda e sexta-feira, a moeda americana perdeu 3,5% de seu valor frente ao real, indo da cotação de 5,25 reais a 5,06 reais. O real avançou dia após dia ao longo de toda a semana. O bom resultado é reflexo, logicamente, da boa recepção dos investidores — brasileiros e internacionais — em relação ao arcabouço.

Dentre os aspectos da política que são do agrado do mercado, estão as metas de zerar a dívida pública já em 2024 e atingir superávits de 0,5% e 1% em 2025 e 2026, respectivamente. Além disso, o avanço das despesas federais seria limitado a 70% do avanço da receita, em guinada fiscalmente austera do governo petista. Ressalta-se que, temeroso com um possível aumento de impostos advindo de atrelar receitas e despesas públicas, o mercado operou em baixa na sexta, em queda de 1,8%.

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Nas palavras de Haddad, o novo arcabouço sana deficiências do antigo teto de gastos ao combinar o melhor dos dois mundos. “Traça uma trajetória consistente de resultado primário em que, necessariamente, a despesa vai crescer a taxas menores em relação à receita, dando sustentabilidade às contas públicas sem rigidez absoluta”, disse. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou o caráter moderado e conciliador da regra fiscal em evento no início da semana. “Vai agradar todo mundo. Não significa que vai agradar 100%, vai agradar um pouco os dois lados. O governo, que é mais expansionista, mas também prezando pela responsabilidade fiscal”, disse.

Na ocasião, a ministra aproveitou para endereçar aquela que surge como uma das principais questões da proposta: se será do agrado também dos deputados, que precisam aprová-la. “Conheço bem o Senado. No conteúdo, o arcabouço vai agradar a grande maioria dos senadores. Estou confiante que vai ser aprovado no Congresso”, disse. Trata-se de um assunto um tanto quanto delicado considerando a dificuldade do governo federal na articulação de uma base sólida no Legislativo. Começa uma longa jornada por uma melhora perene na gerência das contas públicas.

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