‘Anúncio tímido’, diz Zeina Latiff sobre pacote de corte de gastos
A economista acredita que o pacote é insuficiente para entregar as metas fiscais e o arcabouço fiscal
A economista Zeina Latiff classificou o pacote de corte de gastos do Governo como ‘tímido’. ‘Achei que haveria espaço, apesar das dificuldades, de ampliar o escopo e fazer medidas mais profundas”, disse. Entre as medidas mais importantes, o ministro Fernando Haddad confirmou a expectativa de uma economia de 70 bilhões de reais nos próximos dois anos, conforme antecipou o Radar Econômico. “Com frequência a gente vê números que se mostram exagerados, então tem essa preocupação, sem contar quanto pode ser desidratado no Congresso”.
Para chegar a esse resultado, o montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais e 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o Sistema Único de Saúde (SUS). “Novas medidas vão ser necessárias adiante, além de redução dos próprios gastos discricionários para conseguir atender o arcabouço”, disse Latiff. “São medidas insuficientes para entregar as metas fiscais e o arcabouço fiscal”.