A suspeita da Gafisa envolvendo manipulação do mercado de ações
Construtora acusa a administradora de adquirir ações de companhias abertas na bolsa e depois atacar essas empresas por meio das redes sociais
A Gafisa entrou com uma interpelação judicial contra a Intrag, empresa de administração de fundos do Itaú, para que esta se posicione sobre supostas práticas criminosas de fraude e manipulação do mercado que a construtora acusa a Esh Capital Investimentos e seu dono, Vladimir Timerman, de praticarem. A Esh é sócia minoritária da Gafisa e tem a Intrag como administradora de seu fundo. Segundo o pedido de interpelação redigido pelo escritório Warde Advogados, que representa a construtora, essa ação tem como propósito “prevenir direitos e responsabilidades, solicitar informações e documentos”, assim como o reconhecimento formal de “atos gravíssimos e danosos praticados pelo Esh Capital” contra a Gafisa.
A defesa da Gafisa também diz que a “atuação temerária dos fundos administrados pela Intrag e geridos pelo Esh tem sido extremamente danosa à imagem e aos negócios da Gafisa, bem como aos investidores”. A construtora e os membros de seu conselho de administração também entraram nesta semana com uma queixa-crime contra Timerman por supostos crimes contra a honra – calúnia e difamação –, acusando-o de orquestrar uma campanha difamatória contra a empresa. A Gafisa acusa a Esh Capital Investimentos e Timerman de adquirir ações de companhias abertas na bolsa e depois atacar essas empresas por meio das redes sociais e de veículos de comunicação. O objetivo, alega a construtora, é provocar oscilação totalmente atípica no preço dos papéis dessas companhias possibilitando que “alguém” lucre com isso.