A promessa que Pedro Guimarães não cumpriu na Caixa
Ex-presidente da instituição prometia enxugamento, mas, durante sua gestão, foram inauguradas 125 unidades do banco

Logo depois da eleição do presidente Jair Bolsonaro, Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal acusado de assediar funcionários, relatava sua principal missão à frente do banco: enxugar a instituição e desfazer-se de agências físicas. Ocorreu o oposto. Mesmo durante a pandemia, quando instituições financeiras migraram suas operações para o ambiente digital e fecharam agências físicas, a Caixa fez o contrário.
A justificativa de executivos da Caixa envolve a narrativa de que o banco transformou suas operações por causa da pandemia, quando operacionalizou o pagamento do auxílio emergencial e a concessão de linhas de crédito.
No período posterior a 2019, foram inauguradas 125 unidades do banco, sendo 25 novas agências de varejo e 100 unidades especializadas no agronegócio. O número total de agências passou de 3.375 para 3.372, segundo dados do Banco Central, uma redução de três agências — que, vá lá, não pode ser chamada de enxugamento.