A faca de dois gumes no expressivo resultado do Nubank
VEJA Mercado: companhia tem lucro acima do esperado por analistas, mas ações caem 6,5% em um dia
A fintech Nubank reportou um lucro líquido de pouco mais de 1 bilhão de reais no segundo trimestre do ano, revertendo um prejuízo de 150 milhões de reais no mesmo período de 2022. O resultado é considerado expressivo por alguns analistas, que enxergam os números como uma surpresa positiva. “Depois de um excelente primeiro trimestre, a barra estava elevada para o segundo trimestre, mas o Nubank conseguiu superar novamente”, avaliam os analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes. As ações do Nubank chegaram a subir 4% no chamado “pós-mercado”, mas, quando o pregão abriu, a valorização deu lugar à perda de valor.
As ações da fintech, negociadas na bolsa de Nova Iorque, fecharam o dia em forte queda de 6,5%. O movimento oposto ao esperado em razão do resultado expressivo se dá pela venda de uma porcentagem da participação de David Vélez, fundador e CEO do Nubank. O executivo vendeu cerca de 3% de sua fatia a um preço de 950 milhões de reais. É a primeira vez que Vélez se desfaz de ações da companhia desde o seu IPO, realizado em novembro de 2021. Oficialmente, a explicação é que parte do dinheiro será destinada à entidade filantrópica que possui em parceria com sua esposa.
O alto volume de ações no mercado fez os preços se desvalorizarem. Em novembro de 2022, o mesmo executivo abriu mão de um plano de remuneração extra que detinha na companhia.
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