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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba

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Economia

Empresas paranaenses de alimentos vivem extremos do mercado

Enquanto os acionistas da Nutrimental preparam a venda da indústria, a La Violetera planeja investimentos e a consolidação no mercado de lanches rápidos

Por Guilherme Voitch 26 abr 2018, 16h46

Produtos das empresas paranaenses La Violetera (acima) e Nutrimental (//Divulgação)

Duas empresas paranaenses de trajetórias muito semelhantes vivem atualmente os dois extremos do mercado. A Nutrimental, líder de mercado na comercialização das barrinhas de cereais, contratou o banco Itaú para intermediar a venda da sua operação. A empresa, que pertence à família Rocha Loures, vinha acumulando prejuízos há três anos e a delicada situação política de um dos sócios parece ter colocado fim na esperança de uma reestruturação. O ex-deputado federal e ex-assessor do presidente Michel Temer (MDB), Rodrigo dos Santos Rocha Loures, está em prisão domiciliar depois de ser flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala de dinheiro de um emissário da JBS. Ele é filho do fundador da empresa, Rodrigo Costa da Rocha Loures. Quatro multinacionais estariam interessadas na compra da empesa: Pepsico, General Mills, Mondelez e Unilever.

Também familiar, paranaense e do setor de alimentos, a La Violetera vive situação oposta. A empresa, que é líder no mercado de frutas secas no Brasil, está investindo R$ 1 milhão em uma linha de snacks. Fundada em 1928, por um imigrante libanês em Curitiba, a empresa viveu uma disputa societária entre parentes recentemente. A pendência, porém, não afetou o desempenho da empresa, que no ano passado faturou R$ 295 milhões e agora aposta em abocanhar boa parte do mercado de lanches rápidos.