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Negócios, Mercados & Cia

Reunião de Lula e Trump acalma mercado ou só adia nervosismo com o fiscal?

Banqueiros veem o diálogo como positivo, mas consideram que a dívida pública e os juros altos continuam sendo o verdadeiro foco de preocupação

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2025, 15h01 - Publicado em 27 out 2025, 09h00

O encontro de quase uma hora entre Lula e Trump, neste domingo, amenizou ruídos comerciais e abriu caminho para novas negociações sobre taxas bilaterais. O gesto diplomático foi recebido com tranquilidade no mercado financeiro, mas sem alteração do diagnóstico central da Faria Lima. Entre bancos de investimento, instituições de varejo e fintechs, o consenso é de que o problema estrutural da economia brasileira não está na pauta externa, e sim na expansão da dívida pública e no custo elevado dos juros reais.

“A dívida é mais importante — a trajetória da dívida é explosiva por dois fatores: déficit fiscal e juros reais estratosféricos”, disse um CEO de um banco de investimento com atuação internacional. Para ele, o País segue em rota delicada, com pouca margem para ações expansionistas sem comprometer o pouco que ainda existe de arcabouço fiscal. Mesmo entre os otimistas com o realinhamento diplomático entre Brasil e Estados Unidos, prevalece a percepção de que a política fiscal é hoje a verdadeira “inflação da confiança”, para usar uma expressão ouvida pela coluna.

“Lula irá no limite do populismo que os mercados permitem. E, com isso, o juro terá de seguir alto. É questão de visão da economia e do mundo”, avaliou um gestor de fundos. O comentário ilustra a crença de que o governo testará os limites de tolerância do mercado, enquanto o Banco Central, mesmo sob pressão política, tende a manter a taxa básica em níveis elevados para controlar expectativas inflacionárias.

“Esse assunto (tarifas) já foi resolvido. O problema não foi o que aconteceu, problema seria escalar, e já não estava escalando”, disse outro banqueiro, que classificou o episódio como “politicamente positivo, mas economicamente neutro”. O foco das casas de análise permanece nas projeções de dívida líquida e nas estratégias de financiamento do Tesouro Nacional. “Se tirar tarifas, melhor, mas não é um problema sério”, completou um CEO de uma das maiores fintechs do País.

A Faria Lima observa a política externa com interesse, mas continua precificando o mesmo risco: uma dívida pública crescente e um juro real que custa caro demais à economia brasileira.

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