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Negócios, Mercados & Cia
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Ibovespa: o efeito dos juros nos EUA sobre a Bolsa de Valores

O receio de novas elevações das taxas americanas põe em xeque recuperação da Bolsa no Brasil

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2023, 12h10

A percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) terá de apertar ainda mais sua política monetária, e diante da guerra deflagrada neste fim de semana pelos ataques terroristas do Hamas em Israel,  e também diante dos dados que apontam para uma economia interna ainda robusta e inflação longe da meta anual, entrou no radar dos analistas, que temem impacto para a Bolsa brasileira. A avaliação é de que o Ibovespa, principal índice da B3, pode fechar pelo quarto ano consecutiva praticamente sem ganhos.

Isso pode ocorrer porque a alta das taxas de juros nos Estados Unidos tende a levar os investidores a retirar ainda mais dinheiro de mercados emergentes, como o Brasil, e investir em títulos americanos, que oferecem maior segurança e rentabilidade – com efeitos também na valorização das cotações do dólar. Além disso, a alta dos juros pode desestimular o consumo e o investimento no Brasil, o que pode afetar as empresas brasileiras e, consequentemente, o Ibovespa.

Vale lembrar que o Ibovespa já passou por períodos de queda nos anos anteriores, como em 2022, quando perdeu 20% de seu valor. Portanto, a alta das taxas de juros americanas pode ser um fator a mais para a queda do índice.

Ainda assim, há quem tente remar contra a maré e veja oportunidades de negócios. Para Paulo Martins, CEO e fundador da Anova Research, a relação entre os juros americanos e o Ibovespa, a valorização do dólar cria um cenário duplo para as empresas brasileiras. “As exportadoras podem se beneficiar de receitas valorizadas em reais, enquanto as importadoras podem ser pressionadas por custos mais elevados. Considerando que o Brasil é um proeminente exportador de commodities, a valorização do dólar pode impulsionar a demanda internacional por nossos produtos, proporcionando um apoio adicional às empresas do setor e, possivelmente, atenuando impactos negativos no Ibovespa”, sustenta ele. “Em última análise, sugerir que o Ibovespa possa enfrentar um quarto ano sem ganhos, ancorando essa visão somente nas taxas de juros americanas, é reduzir uma questão extremamente complexa a um único fator.”

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Navegar pelo mar de ações e índices da Bolsa de Valores exige conhecimento prévio e forte tolerância a riscos, e o melhor que o investidor não especializado pode fazer é procurar orientação ou começar a aplicar em fundos de ações. Abaixo, a coluna lista algumas vantagens e desvantagens de entrar na Bolsa:

Vantagens:

  • Diversificação: Investir no Ibovespa pode ser uma forma de diversificar a carteira de investimentos, diminuindo o risco de perdas em caso de desvalorização de outros ativos;
  • Potencial de valorização: Mesmo com as altas taxas de juros americanas, o Ibovespa pode apresentar potencial de valorização, principalmente em setores específicos, como o de tecnologia; e
  • Acesso a empresas brasileiras: Investir no Ibovespa permite acesso a empresas brasileiras, o que pode ser interessante para quem deseja investir no mercado interno.

Desvantagens:

  • Menor atratividade para investidores estrangeiros : Com as altas taxas de juros nos EUA, os ativos brasileiros podem se tornar menos atrativos para investidores estrangeiros, o que pode afetar o desempenho do Ibovespa;
  • Volatilidade : O mercado de ações é conhecido por ser volátil, o que pode gerar incertezas e riscos para o investidor; e
  • Risco de desvalorização : O Ibovespa pode sofrer desvalorização em caso de instabilidade política ou econômica no Brasil, o que pode afetar níveis no desempenho do índice.
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