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Lula e Bolsonaro: cadê as propostas econômicas?

Na ausência de soluções dos candidatos, a sociedade brasileira começa a apresentar saídas para combater a inflação e colocar o Brasil na rota do crescimento

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 ago 2022, 17h30 - Publicado em 10 ago 2022, 09h00

A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, que será formalmente apresentada amanhã em ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, fez com que a sociedade brasileira saísse da letargia e se levantasse contra os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral.

No mundo econômico, também começam a ficar públicas propostas de diversas entidades e da academia para tentar desviar o país da rota de uma nova crise no próximo ano. Olhando de hoje, parecem remotas as chances de o próximo presidente assumir o comando de um Orçamento equilibrado, em meio a previsões de forte desaceleração da atividade produtiva. 

Esse esforço de analisar os problemas do país e propor soluções objetivas preenche uma lacuna deixada pelos dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto. Nem o petista Luiz Inácio Lula da Silva nem Jair Bolsonaro divulgaram até agora – a dois meses das eleições – um plano amarrado para a administração da economia. O que se tem são ideias esparsas e mais promessas de aumento de despesas, o que só aumenta a incerteza dos agentes econômicos em relação ao futuro do país.

No fim deste mês, a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), por exemplo, vai entregar a cada um dos candidatos ao Planalto documento com propostas do setor, fruto de cinco meses de discussões internas. Entre elas, o fortalecimento do papel do BNDES como financiador de novos projetos de investimento, num momento de aperto do capital estrangeiro, principalmente para países em desenvolvimento. “É preciso dar condições para que a indústria seja competitiva ao mesmo tempo em que se faz um processo de abertura”, afirmou o presidente executivo da Abdib, Venilton Tadini, à coluna.

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Em outra iniciativa, um grupo formado pelos economistas Bernard Appy, Pérsio Arida, Francisco Gaetani e Marcelo Medeiros, pelo advogado Carlos Ari Sundfeld e pelo cientista político Sérgio Fausto lançou um documento batizado de “Contribuições para um governo democrático e progressista”.  

A pretensão desse grupo, que se intitula apartidário, é enfatizar a necessidade de novas medidas de amparo social (como a substituição do atual Auxílio Brasil), de mudanças em regras trabalhistas e previdenciárias e de uma ampla reforma do Estado brasileiro, o que passa necessariamente pelas reformas tributária, administrativa e orçamentária. “É preciso estancar o enfraquecimento das instituições democráticas e da convivência civilizada, bem como reverter a deterioração do meio ambiente e da imagem externa do Brasil”, diz o documento.

Há, entretanto, uma exceção ou uma atitude exemplar nessa disputa: Ciro Gomes. Embora em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, o pedetista apresentou um projeto nacional de desenvolvimento tendo como bandeira a “reindustrialização” do país. Mas, nesse deserto de propostas econômicas dos dois principais candidatos à corrida presidencial, não custa lembrar uma frase atribuída ao dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht: “Que tempos são estes, em que temos de defender o óbvio?”.

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