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O que pode dar errado no mundo

Situações complexas irão desafiar o Brasil de forma intensa

Por Murillo de Aragão 7 jan 2024, 08h00

A pauta de problemas do mundo do novo ano é muito desafiadora e tem um grau de incerteza absurdo. Mas podemos identificar várias áreas potenciais de preocupação com base nas tendências e desafios presentes. Mercados globais flutuantes, inflação e possíveis recessões em economias-chave podem ter impactos generalizados. Níveis crescentes de dívida, especialmente em países em desenvolvimento, podem provocar crises financeiras. Tensões geopolíticas entre as grandes potências como EUA, China e Rússia podem escalar. Conflitos regionais podem piorar ou novos podem surgir, especialmente em áreas voláteis. No Oriente Médio, os terroristas estão ganhando terreno estimulando hostilidades que podem escalar para outros países. No comércio internacional, tensões geopolíticas podem afetar cadeias de suprimentos globais.

Um aumento em eventos climáticos extremos, como furacões, inundações e incêndios florestais, é uma preocupação crescente. O impacto das mudanças climáticas na agricultura pode levar à escassez de alimentos em regiões vulneráveis. A perda de biodiversidade, o desmatamento e a poluição podem piorar, impactando ecossistemas e a saúde humana. Espera-se que 2024 seja um ano ainda mais quente que 2023 e isso terá repercussões na nossa produção agrícola.

“Para o governo brasileiro, o pragmatismo e o equilíbrio, mais do que nunca, serão necessários”

Enquanto o mundo continua lidando com a Covid-19, o surgimento de novas doenças infecciosas ou variantes pode representar uma ameaça. Versão mais nova do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, a EG5.1 gerou preocupações após ter sido confirmada no Brasil em meados de agosto. Em dezembro, uma outra variante, a Pirola, foi identificada em uma paciente em Recife.

A crescente dependência da infraestrutura digital torna o mundo mais suscetível a ataques cibernéticos. Estes podem visar infraestruturas críticas, sistemas financeiros ou dados pessoais. Embora a tecnologia ofereça muitos benefícios, o seu rápido avanço pode levar a perturbações no mercado de trabalho, preocupações com a privacidade e dilemas éticos, como os relacionados à inteligência artificial. Algumas eleições relevantes (Brasil, Estados Unidos e México) poderão ser afetadas pelo uso da IA com a intensa propagação de fake news e deepfakes.

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Disparidades econômicas, recessões, terrorismo e insatisfação política podem provocar agitações sociais ou movimentos de protesto em vários países. Além de provocar fluxos migratórios de maior intensidade. Tendo ainda, como pano de fundo, as agitações decorrentes das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Perto do Brasil, a Argentina, um dos maiores parceiros comerciais do país, tem um cenário de grande incerteza. A Venezuela ameaça invadir a Guiana, e a Amazônia está em guerra com garimpeiros ilegais, desmatadores, milícias e traficantes de drogas.

Definitivamente, o mundo em 2024 viverá situações de grande complexidade e que desafiarão o Brasil de forma intensa. Ao governo e aos principais players econômicos cabe esquadrinhar o cenário internacional para examinar riscos e oportunidades. Para o governo, o pragmatismo e o equilíbrio, mais do que nunca, serão necessários. Para a sociedade, além do preparo e da atenção aos movimentos globais, restará a esperança de que as perspectivas negativas não se realizem e que o futuro esteja aberto para boas coisas acontecerem.

Publicado em VEJA de 5 de janeiro de 2024, edição nº 2874

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