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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

A medida do Banco Central que pode ajudar Lula

Ou… o bloco de concreto sobre a economia do atual presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 set 2025, 16h38 •
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    A economia brasileira entrou no segundo semestre com sinais claros de perda de fôlego. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), prévia do PIB, caiu 0,53% em julho, acumulando a terceira retração seguida e um recuo de 1% no trimestre encerrado em julho. A queda foi disseminada: indústria (-1,1%), agropecuária (-0,8%) e serviços (-0,2%). É a economia inteira sentindo o peso da conjuntura.

    O resultado, no entanto, não chega a ser uma surpresa. Dois choques explicam esse movimento. O primeiro é o choque de juros: a Selic em 15% ao ano – o maior patamar desde 2006 – funciona como um verdadeiro “bloco de concreto em cima da economia”, esmagando consumo e investimento. O segundo está ligado ao comércio exterior, com parte da produção nacional sendo redirecionada por conta dos Estados Unidos, reduzindo a oferta interna.

    É importante lembrar que o IBC-Br é apenas um termômetro de curto prazo. O PIB oficial, medido pelo IBGE, é divulgado depois e com mais precisão. Mas o recado já está dado: o terceiro trimestre caminha para um número negativo, ainda que modesto. Se confirmado, não se configuraria ainda uma recessão técnica, termo usado apenas quando há dois trimestres seguidos de retração, mas deixaria claro que a economia já patina.

    A sequência recente mostra esse desgaste progressivo. Um primeiro trimestre mais forte, um segundo trimestre em desaceleração e agora a perspectiva de retração no terceiro. O desafio é que, enquanto a atividade encolhe, a inflação segue em queda. A inflação de alimentos, por exemplo, registrou três meses seguidos de baixa, chegando até à deflação, somada ao efeito positivo da queda do dólar e ao avanço da produção agrícola.

    Esse ambiente indica que está chegando a hora de o Banco Central começar a discutir a redução da Selic. Ainda que a inflação não tenha convergido totalmente para a meta, o espaço para cortes já começa a se abrir. Se nada for feito, o país corre o risco de prolongar a perda de fôlego e transformar esse mergulho em recessão de fato.

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