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Alckmin diz que prioridade do governo federal com Estados Unidos ‘não é retaliar’

Segundo o vice-presidente, 'conjunto de medidas mitigadoras' será anunciado nos próximos dias

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 ago 2025, 18h23

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado, 9, que a negociação segue como a principal linha do governo federal para lidar com o tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos do Brasil. Segundo Alckmin, “a prioridade não é retaliar, é resolver” a questão tarifária, além de reduzir o impacto dessa medida. Ainda de acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nos próximos dias detalhes do plano de contingência para apoiar empresas brasileiras. 

As declarações foram dadas durante visita de Alckmin a uma concessionária de carros em Guaratinguetá, no interior paulista. Ao tratar da alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo líder norte-americano Donald Trump no último mês, o vice-presidente reforçou tratar-se de uma medida “extremamente injusta”, na visão do governo. 

“A prioridade não é retaliar. A prioridade é resolver, procurar ampliar o número de setores que sejam excluídos, fiquem fora dessa questão da tarifa que entendemos extremamente injusta. Aliás, com base jurídica totalmente fraca. Porque eu não posso fazer política regulatória baseada em questões de natureza político-partidária”, disse. 

Alckmin indicou ainda o ponto central do discurso de convencimento usado pelas autoridades brasileiras, na tentativa de reverter o tarifaço: o status da relação econômica entre os dois países. Quando anunciou a medida, Trump apontou entre as justificativas “déficits comerciais insustentáveis” aos Estados Unidos, embora com o Brasil, o cenário do país norte-americano seja positivo. 

“Os Estados Unidos têm déficit com muitos países no mundo, mas têm superávit com três países grandes: Reino Unido, Austrália e Brasil. Então, nós estamos empenhados em mudar isso”, completou o vice-presidente brasileiro. 

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Donald Trump e Lula
Donald Trump e Lula (Brendan SMIALOWSKI, Evaristo SA/AFP)

Na agenda em Guaratinguetá, onde destacou os incentivos do governo federal à compra de carros econômicos e movidos à energia limpa, Alckmin projetou para o início da próxima semana o anúncio de “um conjunto de medidas mitigatórias” aos efeitos do tarifaço. 

“O presidente Lula deve anunciar no início da semana um pacote, um conjunto de medidas mitigadoras. Ou seja, apoiar as empresas. Quais empresas? Aquelas que exportam mais, e que exportam mais para os Estados Unidos”, explicou. 

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A declaração vai ao encontro do que disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira, 6. Na ocasião, o chefe da pasta contou estar concluído o texto do pacote de medidas para apoiar empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. 

O pacote deve incluir concessão de crédito para empresas mais impactadas pelo tarifaço e medidas para compensar o aumento de custos governamentais. Haddad antecipou que as propostas podem ser formalizadas por medida provisória, para que tenham efeito imediato.

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