Servidores da Caixa reagem à criação do banco digital e temem privatização
Banco Central deu aval para a constituição dessa subsidiária
Repercutiu mal entre os servidores da Caixa a revelação feito por Radar de que o Banco Central deu seu aval para a criação do banco digital da instituição, com 105 milhões de contas.
Entidades dos funcionários como a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) não gostou da ideia e acompanha essas movimentações do governo sobre o banco digital.
A Fenae entende ser uma estratégia do governo em inflar o banco digital para torná-lo atrativo e depois vendê-lo ao mercado de capitais.
“Sabemos que vender o que dá lucro para quitar dívida pública não é argumento para privatização, não é sustentável nem resolve o problema. Privatizar partes rentáveis da Caixa para ir fatiando o banco público até vendê-lo por completo não vai salvar a economia do Brasil. Vai apenas acabar com este patrimônio de 160 anos”, diz o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que esse banco digital será o maior do mundo.
“Então, para que vender o que ele mesmo reconhece que é um sucesso? Para que vender o que é lucrativo e estratégico ao país, aos cofres públicos, aos brasileiros?”, completa Takemoto.